vale relatório completo de desempenho do 1º Semestre de 2025.

VALE-Relatório Completo de Desempenho do 1º Semestre de 25

vale relatório completo de desempenho do 1º Semestre de 2025.
Vale relatório de desempenho 1S25.

Visão Geral do desempenho da Vale no 1º semestre de 2025.

A avaliação da Vale S.A. em 2025 revela uma empresa que navega por um cenário de mercado volátil com notável resiliência operacional.

Os resultados financeiros do primeiro e segundo trimestres do ano demonstraram uma queda anual consistente na receita e no lucro líquido:

Impactada principalmente pela fraqueza nos preços do minério de ferro.

No entanto, a análise aprofundada dos dados operacionais e estratégicos pinta um quadro mais promissor.

A companhia demonstrou uma capacidade excepcional de mitigar a pressão sobre as margens por meio de um rigoroso controle de custos e uma busca incessante por eficiência;

Que resultou em reduções significativas nos custos operacionais em seus principais segmentos.

Estrategicamente, a Vale está adotando uma abordagem pragmática para a alocação de capital.

A revisão e o corte do capex total para uma faixa entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões não sinalizam uma mudança de direção.

Mas sim uma otimização e um foco na alocação mais eficiente de recursos, especialmente em projetos de baixo carbono e em seus negócios de metais para a transição energética.

Paralelamente, a gestão de riscos e a governança corporativa continuam sendo áreas de destaque:

Com a empresa mantendo 100% de aderência às melhores práticas de governança e alcançando marcos importantes em segurança de barragens.

No entanto, os compromissos financeiros com as reparações de Brumadinho e Mariana estão projetados para aumentar substancialmente em 2025.

Um passivo que continua a ser uma consideração crucial para os investidores.

O consenso de mercado sobre o futuro da Vale permanece dividido, refletindo a tensão entre seus sólidos fundamentos operacionais e as incertezas macroeconômicas. Como a demanda da China e o cenário geopolítico.

Enquanto algumas casas de análise projetam um potencial de valorização de até 47,9%, com preços-alvo na faixa de R$ 75 a R$ 77, outras mantêm uma recomendação neutra, destacando a vulnerabilidade da empresa à dinâmica externa.

A Vale, portanto, apresenta-se como uma empresa com uma tese de investimento bem fundamentada, mas que exige do investidor uma avaliação cuidadosa de sua capacidade de executar sua estratégia em um ambiente desafiador.

Panorama Corporativo e Estratégia de Negócios da Vale

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Modelo de Negócios e Portfólio de Ativos da Vale

A Vale S.A. é um dos pilares da indústria global de mineração e extração de recursos, com uma presença abrangente que vai muito além das operações tradicionais. Seu modelo de negócios se destaca pela diversificação de ativos e pela integração vertical de sua cadeia de valor.

A companhia é a maior produtora global de minério de ferro, pelotas e níquel:

Commodities fundamentais para diversos setores, desde a construção civil e a indústria automotiva até a fabricação de eletrodomésticos e tecnologias avançadas.

Além de sua dominância nesses mercados, a empresa mantém operações significativas em manganês, ferroligas, cobre, ouro, prata e cobalto, expandindo a relevância de seu portfólio para a economia global.

A estratégia da Vale não se restringe à mera extração mineral.

A empresa investe de forma substancial em sua cadeia produtiva, especialmente em logística e energia.

Essa integração de minas, ferrovias, navios e portos é um elemento crítico para garantir a eficiência e a segurança no transporte de seus produtos até os clientes finais em cinco continentes.

Essa abordagem demonstra um modelo de negócios sofisticado, que busca mitigar os riscos de mercado e obter maior controle sobre a cadeia de valor.

Em vez de ser apenas uma fornecedora de matérias-primas, a Vale se posiciona como uma provedora de soluções de mineração e logística, onde a eficiência e a confiabilidade se tornam elementos centrais para a criação de valor a longo prazo.

VALE – Parcerias Estratégicas e Inovação Industrial

A inovação e a colaboração estão no cerne da estratégia da Vale para navegar no complexo mercado de commodities.

A empresa estabeleceu parcerias estratégicas com os principais fabricantes globais de equipamentos de mineração, como:

A Caterpillar Inc. e a Komatsu Ltd, para garantir o acesso a tecnologias avançadas, incluindo mineração autônoma.

Essa colaboração otimiza a eficiência operacional e a segurança nas minas, reforçando a vantagem competitiva da Vale em um setor onde a tecnologia é cada vez mais um diferencial.

Além disso, a Vale mantém empreendimentos conjuntos com empresas chinesas de aço e infraestrutura:

Como o Grupo de aço Baowu e o Grupo de aço Shandong, que asseguram contratos estratégicos de fornecimento mineral e acesso ao maior mercado consumidor de minério de ferro do mundo.

Essa abordagem proativa e colaborativa com clientes-chave demonstra a busca da empresa por estabilidade de receita e mitigação da volatilidade do mercado de commodities.

A agenda de sustentabilidade da Vale é amplamente integrada à sua estratégia de inovação.

Parcerias com empresas como a Ventuos de energia inovadora e a Shell novas energias visam a integração de tecnologias de baixo carbono e energia renovável em suas operações.

O desenvolvimento de produtos como o briquete, que reduz as emissões de carbono na siderurgia;

É um exemplo concreto do compromisso da empresa com a descarbonização.

A empresa entende que a sustentabilidade não é apenas uma obrigação, mas um vetor de criação de valor:

E investe na busca pela eficiência máxima para oferecer soluções de menor pegada de carbono a preços competitivos.

Essa aposta na inovação e na tecnologia, incluindo inteligência artificial, é vista pela gestão como um passo fundamental para o futuro da mineração.

Desempenho Financeiro e Operacional Recente da Vale

Ações da Vale - Vale3

VALE – Análise Detalhada dos Resultados do 1º e 2º Trimestres de 2025

Os resultados financeiros da Vale em 2025 foram fortemente influenciados pela dinâmica de preços do mercado de commodities.

No primeiro trimestre (1T25), a empresa reportou um lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 1,394 bilhão. Marcando uma queda de 17% em relação ao mesmo período de 2024.

A receita líquida de vendas também recuou 4%, para US$ 8,119 bilhões, enquanto o EBITDA ajustado caiu 9% anualmente, para US$ 3,115 bilhões.

Apesar do desempenho mais fraco no início do ano, o segundo trimestre (2T25) apresentou uma recuperação sequencial notável.

O lucro líquido atingiu US$ 2,12 bilhões, uma queda de 24% em base anual, mas um aumento expressivo de 52% em relação ao 1T25.

A receita líquida foi de US$ 8,8 bilhões, uma queda de 11% em relação ao ano anterior, e o EBITDA ajustado, de US$ 3,4 bilhões, recuou 14% na comparação anual.

A causa primária para a queda anual em todos os indicadores foi a redução do preço médio realizado de finos de minério de ferro. Que foi de US$ 85,1 por tonelada no 2T25, 13% menor que o observado um ano antes.

A recuperação sequencial, no entanto, demonstra a capacidade de adaptação da empresa às condições de mercado.

VALE – Eficiência e Controle de Custos

Apesar das pressões de preço, a Vale demonstrou uma forte resiliência operacional, com um desempenho consistente no controle de custos.

A análise dos resultados revela que a empresa está controlando rigorosamente o que está sob sua alçada gerencial.

O custo caixa C1 de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, caiu 11% em relação ao ano anterior, para US$ 22,2 por tonelada no 2T25, marcando o quarto trimestre consecutivo de redução.

Os custos all-in também apresentaram quedas significativas: 10% no minério de ferro, 60% no cobre e 30% no níquel.

Essa disciplina de custos foi um fator-chave para amortecer o impacto da queda nos preços das commodities e evitar um resultado ainda mais negativo.

A gestão da empresa revisou para baixo a previsão do custo all-in do cobre para 2025, de uma faixa entre US$ 2,8 mil e US$ 3,3 mil por tonelada. Para uma nova estimativa de US$ 1,5 mil a US$ 2 mil por tonelada.

Essa revisão reforça o compromisso da Vale com a eficiência e aprimora as perspectivas de lucratividade no segmento de metais para a transição energética;

Que já demonstrou um crescimento de 77% no EBITDA ajustado no 2T25.

O desempenho em metais como cobre e níquel tem sido essencial para compensar, em parte, a fraqueza do minério de ferro.

Sobre a dívida!

A dívida líquida da empresa também caiu US$ 800 milhões no 2T25, atingindo US$ 17,4 bilhões: Mantendo-se dentro da meta projetada de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões para 2025.

A capacidade de controlar custos operacionais é a principal alavanca de valor que a Vale pode acionar para proteger suas margens de lucro da imprevisibilidade do mercado.

O fato de que a receita anual caiu, mas os custos operacionais por tonelada também caíram de forma expressiva, demonstra que a gestão está ativamente trabalhando para se tornar uma empresa mais resiliente.

A recuperação do lucro líquido de um trimestre para outro, mesmo em um cenário de preços desafiadores, é uma evidência clara de que a estratégia de otimização está surtindo efeito.

A Tabela 1 a seguir resume o desempenho financeiro e operacional da empresa nos dois primeiros trimestres de 2025.

Indicador1T252T25Variação T/T (%)
Lucro Líquido (US$ bi)1,3942,1252%
Receita Líquida (US$ bi)8,1198,88,4%
EBITDA Ajustado (US$ bi)3,1153,49,1%
Custo Caixa C1 Minério de Ferro (US$/t)n/d22,2n/d
Dívida Líquida (US$ bi)n/d17,4n/d

VALE3 – Estratégia de Capital e Perspectivas de Crescimento

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Otimização do Capex 2025

A Vale anunciou uma revisão de seu plano de investimentos para 2025: Reduzindo o capex total de US$ 5,9 bilhões para um intervalo entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões.

A alocação de capital foi ajustada tanto para investimentos de manutenção, que caíram de US$ 4,3 bilhões para US$ 4,1 bilhões, quanto para o capex de crescimento, que foi reduzido de US$ 1,6 bilhão para US$ 1,5 bilhão.

O CEO da companhia, Gustavo Pimenta, esclareceu que a redução não representa uma mudança estratégica, mas sim uma busca por maior eficiência na alocação de capital.

Essa abordagem disciplinada visa a otimização do portfólio da empresa e o direcionamento de recursos para projetos que gerem o maior valor;

Alinhando inovação e baixo carbono para capturar valor adicional, independentemente das flutuações do mercado.

A empresa mantém um foco claro em seus pilares estratégicos de longo prazo, ajustando apenas a velocidade de execução para garantir um retorno mais pragmático sobre o investimento.

Vale visa Foco Estratégico em Metais para Transição Energética

Um ponto de atenção na revisão do capex foi a divisão de metais ligados à transição energética, cujo investimento foi reduzido de US$ 2 bilhões para US$ 1,7 bilhão.

O executivo da Vale, Gustavo Pimenta, explicou que, apesar do corte, a empresa segue com os mesmos projetos, e a redução se deve a uma maior eficiência na aplicação dos recursos.

Pimenta também observou que o mercado, no momento, tem demonstrado uma menor disposição para pagar um “prêmio verde” por produtos com menor pegada de carbono, citando desafios econômicos e fiscais globais como razões para a hesitação dos clientes.

Essa postura reflete um realismo por parte da Vale.

A empresa reconhece que, para que a sustentabilidade seja um diferencial competitivo, ela precisa ser economicamente viável.

Ao buscar a eficiência máxima, a companhia visa tornar suas soluções de baixo carbono competitivas em preço. Mesmo que o mercado não as recompense com um prêmio no curto prazo.

Além dos investimentos diretos, a Vale está participando de iniciativas mais amplas.

Como a parceria com o BNDES para a criação de um fundo de investimento em minerais estratégicos, o que demonstra um compromisso de longo prazo com o setor.

Projeções de Produção e Metas

A Vale continua comprometida com suas metas de crescimento e liderança de mercado.

As projeções de vendas para 2025 foram atualizadas, estimando-se 25 milhões de toneladas no Carajás Médio Teor e 24 milhões de toneladas de PFC.

As metas de longo prazo da empresa são ambiciosas e incluem a retomada da liderança global:

Tanto no minério de ferro quanto no cobre, com o objetivo de dobrar a produção deste último.

Essas metas permanecem inalteradas, reforçando a visão de que os ajustes de capex de 2025 são táticos e não estratégicos.

A Tabela 2 quantifica os ajustes no plano de capex da Vale para 2025.

Tipo de CapexProjeção Original (US$ bi)Projeção Revisada (US$ bi)
Capex Total5,9 35,4 – 5,7 3
Manutenção4,3 34,1 3
Crescimento1,6 31,5 3
Metais para Transição Energética2,0 31,7 3

Como a Dinâmica de Mercado e Cenário para as Commodities pode afetar a Vale?

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Minério de Ferro – Principal produto da Vale

O mercado de minério de ferro, principal segmento de atuação da Vale, continua a ser uma fonte de volatilidade e incerteza para a empresa.

Os preços têm flutuado, com uma perspectiva de melhora no curto prazo, refletida em projeções otimistas de algumas instituições financeiras.

O Goldman Sachs, por exemplo, revisou sua previsão para o preço da tonelada de US$ 90 para US$ 95 no quarto trimestre de 2025.

No entanto, o preço da commodity tem se mostrado suscetível a oscilações diárias, caindo para US$ 105,80 a tonelada em setembro de 2025.

As principais incertezas que pairam sobre o mercado de minério de ferro estão ligadas à economia da China, o maior consumidor global, e às políticas comerciais, como as tarifas de Donald Trump, que ajudam a criar um cenário de incerteza.

A lucratividade da Vale está intrinsecamente atrelada a esses fatores macroeconômicos sobre os quais a gestão tem pouco controle.

A abordagem da empresa de focar no controle rigoroso de custos e na eficiência operacional, conforme detalhado na seção 2.2, é a sua principal resposta estratégica para proteger suas margens contra essa volatilidade externa.

Leia Também:

Cobre e Níquel, que é menos representativo pra Vale

Em contraste com a incerteza do minério de ferro, os metais para transição energética, como cobre e níquel, têm mostrado um desempenho robusto.

Os preços do cobre se beneficiaram de políticas de estímulo econômico na China.

As importações de cobre da China aumentaram 17,8% em dezembro de 2024 e 3,5% em julho de 2025 em relação ao mês anterior. Impulsionando a demanda e sustentando os preços.

O segmento de Metais para Transição Energética da Vale foi um dos grandes destaques do 2T25, com um crescimento de 77% no EBITDA ajustado, para US$ 721 milhões.

Ainda assim, o cenário para o cobre não é isento de riscos.

Embora as importações mensais tenham subido em julho, elas ainda apresentaram uma queda de 4% em relação a julho de 2024;

Sugerindo que a China está gerenciando seus estoques cuidadosamente em meio a preocupações com a cadeia de suprimentos global.

Adicionalmente, as políticas do Federal Reserve, como possíveis ajustes nas taxas de juros, e a valorização do dólar americano: Podem exercer pressão sobre os preços do cobre e de outras commodities.

O desempenho dos metais para transição energética demonstra que a estratégia de diversificação de portfólio da Vale está se concretizando e atuando como um elemento de estabilidade, mas a empresa continua vulnerável a choques macroeconômicos.

Riscos e Governança Corporativa (ESG)

Ações da Vale - Vale3

Compromissos Legais e Financeiros da companhia

A gestão dos passivos e riscos legais decorrentes das tragédias de Brumadinho e Mariana continua a ser uma prioridade e um ponto de atenção para os investidores.

A Vale atualizou suas projeções financeiras para reparações, indicando um aumento significativo nos compromissos para 2025.

O valor total destinado às reparações de Brumadinho e Mariana deverá totalizar US$ 3,7 bilhões, um aumento considerável em relação aos US$ 3 bilhões de 2024.

Desse total, os compromissos para Brumadinho somam US$ 1,7 bilhão e os de Mariana, US$ 2 bilhões.

Essa atualização de custos foi divulgada no mesmo dia em que a empresa assinou um acordo global com autoridades e as empresas Samarco e BHP no valor de R$ 170 bilhões.

Paralelamente, a Samarco iniciou o pagamento de indenizações individuais, com mais de 3 mil pessoas já indenizadas até março de 2025, totalizando R$ 390 milhões.

Embora esses pagamentos representem um avanço no processo de reparação;

O aumento projetado nos custos financeiros para 2025 reforça que o passivo das tragédias ainda está em uma fase de plena materialização e contabilização.

Governança e Práticas ESG

Em contraste com os desafios financeiros e legais, a Vale tem demonstrado um progresso mensurável e robusto em sua governança corporativa e em suas práticas ambientais e de segurança.

A empresa alcançou e manteve um índice de 100% de aderência às práticas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa em 2025.

Esse feito é notável, especialmente quando comparado à média do mercado de 67% e à das empresas listadas no Novo Mercado, que é de 79%.

Essa alta pontuação é reflexo de práticas como a alta porcentagem de conselheiros independentes e a restrição de mandatos e cargos executivos.

No que tange à segurança e ao meio ambiente:

A Vale implementou o Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM). Em todas as suas barragens de rejeitos e alcançou marcos importantes na redução do nível de emergência de barragens como Forquilha III e Xingu.

A empresa também atingiu 50% de sua meta voluntária de proteção florestal para 2030.

Essa dicotomia entre o aumento dos passivos financeiros e o progresso em governança e segurança operacional sugere que a Vale está, de fato, internalizando as lições do passado.

Embora o legado das tragédias não possa ser apagado;

O avanço em ESG indica que a empresa está construindo uma fundação para uma operação mais segura, confiável e responsável, o que pode mitigar riscos futuros.

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Visão do Mercado e Avaliação de Analistas para as ações da Vale (VALE3)

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Remuneração aos Acionistas

A Vale demonstrou seu compromisso em gerar valor para os acionistas mesmo em um ambiente de resultados anuais mais fracos.

Com base no balanço de 30 de junho de 2025, a empresa aprovou o pagamento de Juros Sobre o Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 1,895387417 por ação.

O valor total da distribuição, de R$ 1,45 bilhão, está alinhado com a Política de Remuneração aos Acionistas da empresa e será pago a partir de 3 de setembro de 2025.

A decisão de aprovar a remuneração, mesmo em um período de queda anual no lucro, demonstra a confiança da gestão na geração de fluxo de caixa e na capacidade da empresa de manter um desempenho financeiro consistente no longo prazo.

Consenso de Mercado e Preço-Alvo das ações (VALE3)

O consenso entre os analistas de mercado em relação à Vale está visivelmente dividido, refletindo a complexidade de sua tese de investimento.

Um compilado da Reuters indica que 8 casas de análise têm recomendação de compra para as ações, enquanto 9 mantêm uma indicação neutra.

A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI recomendam compra, com um preço-alvo de R$ 77 para o fim de 2025, o que representa um potencial de alta de 47,9% em relação ao fechamento de R$ 52,05 em 7 de janeiro.

O Santander também mantém uma visão positiva, com um preço-alvo de R$ 75 e um potencial de valorização de 40%.

Por outro lado, a XP Investimentos tem uma recomendação neutra, refletindo a cautela diante dos riscos.

Essa divergência nas avaliações é um indicativo da ponderação dos riscos e oportunidades pelos diferentes analistas.

Os que mantêm uma visão otimista provavelmente atribuem mais peso aos fundamentos operacionais da empresa:

A disciplina de custos, a resiliência no controle de margens, o forte desempenho do segmento de metais para transição energética e o progresso em governança.

Por outro lado, os analistas com uma postura mais neutra tendem a focar nos desafios:

Como a volatilidade contínua do preço do minério de ferro, as incertezas da economia chinesa e os passivos financeiros e legais persistentes de Brumadinho e Mariana.

A tese de investimento nas ações da Vale, portanto, não é de consenso:

E a decisão de investimento depende da tolerância do investidor aos riscos macroeconômicos e de sua convicção na capacidade da empresa de executar sua estratégia de eficiência e diversificação.

A Tabela 3 a seguir sintetiza as projeções de preço-alvo de algumas das casas de análise para as ações da Vale.

Casa de AnáliseRecomendaçãoPreço-Alvo (R$)
Bradesco BBICompra77
Ágora InvestimentosCompra77
SantanderCompra75
XP InvestimentosNeutran/d

Resumo final do desempenho da Vale no 1º Semestre de 2025

A Vale em 2025 é uma empresa em plena fase de transição e redefinição. Movendo-se de uma mineradora tradicional para uma provedora de soluções mais integrada, eficiente e com maior foco em sustentabilidade.

O desempenho financeiro do primeiro semestre foi desafiador, com a receita e o lucro líquido anuais sofrendo o impacto da queda nos preços do minério de ferro.

No entanto, o forte controle de custos, a notável eficiência operacional e a recuperação sequencial dos resultados mostram uma gestão disciplinada, capaz de mitigar a volatilidade externa.

A estratégia de capital da empresa, focada na otimização do capex, e a aposta em metais para a transição energética e tecnologias de baixo carbono, reforçam sua visão de longo prazo.

Apesar da aparente relutância do mercado em pagar um “prêmio verde” no curto prazo.

O progresso em governança e segurança de barragens, embora não minimize a magnitude dos passivos passados, demonstra um compromisso claro em se tornar uma empresa mais responsável e confiável.

Para o investidor, a tese de investimento na Vale é matizada.

O potencial de valorização, conforme sugerido pelos preços-alvo dos analistas, é atraente;

Mas intrinsecamente ligado à estabilização do cenário macroeconômico global, especialmente a demanda chinesa e as políticas comerciais internacionais.

O principal diferencial competitivo da Vale reside em sua capacidade de controlar rigorosamente seus custos operacionais, o que a posiciona para capitalizar qualquer melhora nos preços das commodities.

O investimento nas ações da Vale exige uma avaliação cuidadosa.

Onde o investidor deve ponderar os sólidos fundamentos operacionais e o progresso em governança contra os persistentes riscos de mercado e os significativos passivos legais e financeiros.

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