
Descubra o que movimenta o Mercado de FIIs esta semana!
Entenda o impacto do rali de dividendos, as decisões de juros no Brasil e EUA, e as novas tarifas na performance do IFIX.
Fique por dentro dos fundos imobiliários como MXRF11 e HGLG11.
O mercado de fundos imobiliários (FIIs) começa a semana em um ritmo de recuperação, buscando estender o embalo positivo do fim da semana passada.
Após uma sequência de sete quedas consecutivas, o IFIX (índice que reúne os principais fundos imobiliários);
Emendou dois dias de alta, reacendendo a esperança de manter a série de resultados mensais positivos, que perdura desde fevereiro.
Na última sexta-feira, 25 de julho, o IFIX encerrou o pregão em 3.445,11 pontos, registrando um avanço de 0,22% em relação ao dia anterior.
No entanto, para fechar o mês de julho no campo positivo, o índice ainda precisa superar os 3.483,77 pontos registrados em 30 de junho;
O que exigiria uma alta de aproximadamente 40 pontos nos próximos quatro dias úteis.
Esse momento de virada do IFIX reflete a sensibilidade do mercado de fundos imobiliários a diversos fatores, tanto internos quanto externos.
A expectativa dos investidores por um cenário mais favorável e a busca por oportunidades de rendimento são catalisadores importantes.
Apesar dos desafios que se apresentam no horizonte, a resiliência do setor e o interesse contínuo por essa classe de ativos demonstram a sua relevância na carteira de muitos brasileiros;
Que buscam nos FIIs uma fonte de renda passiva e diversificação.
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O Tradicional Rali de Dividendos Impulsiona o IFIX
Um dos principais motores a favor do mercado de FIIs nesta reta final de mês é o aguardado rali de dividendos.
Esse fenômeno, que movimenta intensamente os últimos dias úteis de cada mês, tem seu auge previsto para a próxima quinta-feira, 31 de julho.
Nesse dia, mais de 150 fundos imobiliários estão programados para anunciar suas distribuições de proventos aos cotistas, gerando grande expectativa e, consequentemente;
Um aumento na demanda por suas cotas antes da “data-base” (ou “data-ex-dividendo”).
Entre os fundos que deverão anunciar seus dividendos, estão alguns dos maiores e mais populares FIIs em base de cotistas na B3.
O MXRF11, por exemplo, conta com mais de 1,3 milhão de investidores, enquanto o HGLG11 já superou a impressionante marca de 500 mil cotistas.
A distribuição de rendimentos desses e de outros grandes fundos imobiliários injeta liquidez no mercado e reforça a atratividade do setor para quem busca renda passiva.
Esse movimento é um fator crucial para a performance positiva do IFIX, especialmente em um mês que se aproxima do fechamento.

Cenário Macroeconômico: Juros e Tarifas Podem Influenciar o Humor do Mercado
Apesar do otimismo em torno do rali de dividendos, o cenário macroeconômico global e doméstico apresenta desafios que podem atuar como contraponto à ascensão do IFIX.
A partir de sexta-feira, 1º de agosto, está prevista a entrada em vigor da tarifa de importação de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos;
Caso o governo norte-americano não recue de sua decisão. Essa medida, embora não afete diretamente os FIIs, pode gerar um impacto indireto sobre o mercado como um todo.
A imposição de tarifas tende a aumentar a aversão ao risco por parte dos investidores, o que pode levar a um movimento de saída de ativos de maior risco em busca de refúgios.
Embora os fundos imobiliários sejam considerados mais estáveis que ações, uma onda generalizada de aversão ao risco pode afetar a liquidez e o humor do mercado de FIIs.
Acompanhar de perto os desdobramentos dessa política comercial e suas repercussões na economia global será fundamental para entender as próximas movimentações do IFIX.
Super Quarta à Vista: Decisões de Juros no Brasil e nos EUA
Outro evento crucial que irá ditar o ritmo do mercado nesta semana é a “Super Quarta”, com a divulgação das decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil.
No cenário norte-americano, a expectativa é de pouca movimentação nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
No entanto, o mercado aguarda com grande ansiedade qualquer sinalização sobre o início do ciclo de corte de juros, que poderia ocorrer já em setembro.
Uma indicação clara de flexibilização monetária nos EUA tenderia a beneficiar ativos de risco globalmente, incluindo os FIIs no Brasil.
Aqui no Brasil, a atenção estará voltada para o posicionamento do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os últimos dados macroeconômicos e o seu impacto no ciclo da Selic, a taxa básica de juros brasileira.
Embora as expectativas para uma alteração imediata na Selic sejam pequenas, as palavras e o tom do comunicado do Copom serão analisados de perto pelos investidores em fundos imobiliários.
Um ambiente de juros mais altos tende a tornar a renda fixa mais competitiva, podendo desviar parte dos investimentos que iriam para os FIIs.
Por outro lado, um cenário de estabilidade ou queda futura dos juros pode impulsionar o mercado de FIIs, tornando seus dividendos ainda mais atrativos em relação à renda fixa tradicional.
